As gravitações desconhecidas que nos circundam,
as poderosas forças vitais que definem tudo quanto conhecemos,
de forma inevitável e invisivelmente atractivo,
tal como todas as nossas paixões.
A inocência que nunca existiu pode ser avassaladora,
se tivermos a capacidade, a maldição, de ter essa noção
de uma forma mais completa.
Mais, sempre mais,
até que seja alcançado o absoluto,
o infinitamente mais.
E depois tudo pára num só momento.
As pessoas tornam-se inertes, o som transforma-se em silencio,
apenas um ritmo de compasso lento,
tudo acontece agora em câmara lenta,
como se circulasse no interior
de uma redoma translucida em que o tempo é de um incontrolável domínio superior.
Tudo é uma explosão perpétua.
A ira do vento a arrastar tudo à sua passagem,
a purificar até a mais simples partícula,
até tudo ser o nada absoluto.
O equilíbrio novamente a ser o presente,
a harmonia será o estado puro presente em tudo,
surgirá novamente a vontade de mais.
Pois nunca seremos mais parte de tudo
do que tudo é parte de nós.